Haja

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quinta-feira, 7 de maio de 2009

Malu Morenah: MANDIOCA LOCA "quebra tudo" no Festival América do Sul

Malu Morenah: MANDIOCA LOCA "quebra tudo" no Festival América do Sul

Malu Morenah: MANDIOCA LOCA "quebra tudo" no Festival América do Sul

Malu Morenah: MANDIOCA LOCA "quebra tudo" no Festival América do Sul

MANDIOCA LOCA "quebra tudo" no Festival América do Sul


Numa excelente apresentação MANDIOCA LOCA tocou dia 30 de Abril na sexta edição do Festival América do Sul (http://www.festivalamericadosul.com.br/) e mostrou sua “mescla sonora pantaneira universal” ao pé da letra.

MANDIOCA LOCA “quebrou tudo" e presenteou aos ouvintes uma deliciosa “goma concentrada que só podia sair do forno do Cerrado” que em nada deixou a desejar em textura e sabor.
Pintados de guerreiros, os músicos foram impecáveis em seu desempenho fazendo jus a caracterização adotada pela banda ao superarem com louvor, a baixa qualidade dos equipamentos do palco Brasil.
A banda apresentou repertório do seu 1º disco que esta em temporada de lançamento e é composto por músicas próprias e releituras de compositores sul-mato-grossenses.
No palco não faltou energia e boa música. Solos vibrantes de guitarra. Baixo e bateria no "nervoso" certo e vocal contagiante, inundaram o pantanal com o som universal dessa tribo do novo tempo.
Na platéia muita animação. Gente emocionada com a participação de Guga Borba na música “Terra que não é minha” e delirando com Geraldo Espíndola estonteado na versão rock’n roll inédita do, já “quase” clássico, “Quiquiô”.
“Na batedeira do Mandioca vai de tudo: é polca-rock-punk-funk-guarania-folk-music!”
MANDIOCA LOCA atualmente divulga seu primeiro disco lançado no final de 2008 e de produção totalmente independente. O álbum foi todo feito em Campo Grande no estúdio 45 e tem a participação de Geraldo Espíndola, Rodrigo Sater, Caio Ignácio, Alex Cavalheri, Alex Mesquita e Fábio Brum. (http://www.overmundo.com.br/banco/mandioca-loca-disco-1)

O CD MANDIOCA LOCA está na quarta edição da revista MP3 WORLD http://www.mp3world.com.br/. A revista digital traz o trabalho de 13 bandas classificadas entre 400 grupos de norte a sul do país. A publicação paulista/carioca é de 30.000 cópias e distribuída em 149 cidades em mais de 10 mil bancas de jornais e revistas do Brasil.
MANDIOCA LOCA é formada por Rodrigo Teixeira (voz, violão e guitarra), Anderson Rocha (guitarra), Alex Mesquita (baixo) e Fernando Bola (bateria e vocal).
A banda participou da coletânea Novidade Nativa, em 2005, produzida pelo compositor Geraldo Roca e gravou duas músicas ao vivo, com a participação do guitarrista Fábio Brum, no estúdio Litoral Central, em Campo Grande e também está no disco ‘Gerações’ na faixa Colisão em dobradinha com a compositora também sul matogrossense Alzira Espíndola.
(http://www.overmundo.com.br/banco/cd-geracoes-colisao-alzira-espindola-e-rodrigo-teixeira-viiiacoes-colisao-alzira-espindola-e-rodrigo-teixeira-viii)
Mais informações:
MySpace
http://www.myspace.com/431190751
Orkut Mandioca Loca
http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=16841021382095397822

CONTATO &SHOWS
mandiocaloca@gmail.com
(67) 8422-2480 - Rodrigo / (67) 8411-4560 - Malu

sexta-feira, 27 de março de 2009

Dia do Teatro/Circo



Modernismo, Circo-Teatro e Piolin

Hoje, 27 de março de 2009, é o Dia Internacional do Teatro. No Brasil, hoje é também o Dia do Circo que, nos últimos tempos, talvez para ritmar com o internacional do teatro, tem sido chamado de Dia Nacional do Circo. Sendo assim, numa coincidência apenas aparente e verdadeiramente oportuna, o país que cultivou o circo-teatro comemora o circo e o teatro no mesmo dia. (Circo-teatro? Logo falaremos mais sobre isso.)
O Dia Internacional do Teatro surgiu em 1961, durante o 9o Congresso do Instituto Internacional do Teatro (órgão da UNESCO). A data 27 de março assinala a inauguração das temporadas internacionais do Teatro das Nações, em Paris, cujo 1o Festival Internacional foi realizado em 1957. E nosso Dia Nacional do Circo foi instituído pelo Estado de São Paulo, em 1972, numa homenagem ao palhaço Piolin (Abelardo Pinto, 1897/1973) – 27 de março é o dia de seu nascimento. O Dia Nacional do Circo foi criado em São Paulo e atualmente é comemorado em todo o território nacional, do Amazonas ao Prata.
Dissemos que hoje é um dia de dupla comemoração e o país que cultivou o circo-teatro comemora o teatro e o circo no mesmo dia. Pois bem: circo-teatro é um gênero de espetáculo que reinou no Brasil desde o final do século XIX até meados dos anos 60 do século XX. Resume-se a um espetáculo de duas partes. A primeira traz números de equilibrismo, malabarismo, trapézio, palhaço e outras expressões e habilidades circenses, e a segunda consiste em peças teatrais, de todos os tipos: farsas como A Casa Mal Assombrada e A Menina Virou; comédias como Quem beijou minha mulher e Esta noite te matarei; dramas sacros como Os Milagres de Santo Antonio e o famoso Paixão de Cristo; dramalhões de fazer chorar até corações empedernidos, como diria um personagem de um desses dramas tipicamente circenses, como Honrarás tua Mãe e O céu Uniu dois corações.
Mas o que nos faz escrever estas linhas é a necessidade de apontar o que nos parece estar sendo passado despercebido pela maioria. Há exatamente 80 anos, no dia 27 de março de 1929, quando nem o circo nem o teatro tinham seu dia no Brasil ou fora dele, nossos modernistas festejaram o aniversário de 32 anos do palhaço Piolin com um almoço, no restaurante do Mappin Store. O evento foi chamado de “Festim Antropofágico” e tinha como principal prato o próprio aniversariante. “Vamos comer Piolin!”, anunciaram os modernistas. Sabendo que os antropófagos comiam seus inimigos para adquirir suas forças, o ato simbólico de comer Piolin consistiu numa verdadeira consagração ao palhaço. A “aristocrática horda de antropófagos gulosos de quitutes e de glória” incluiu os dois Andrade (o gordo Oswald e o magro Mário), Tarsila do Amaral, Menotti Del Picchia, Anita Malfati, Raul Bopp, Guilherme de Almeida, Benjamim e Elzie Péret, entre outros. Abelardo Pinto, que depois dessa homenagem, incorporou o nome do palhaço ao de batismo, passando a ser Abelardo Pinto Piolin, ocupou o espaço que havia sido deixado vago pelo teatro na Semana de Arte Moderna de 1922. E dado que, para os modernistas, o picadeiro era o berço do teatro nacional e Piolin o seu maior ator cômico, eles acabaram, com quatro décadas de antecedência, celebrando ao mesmo tempo o circo e o teatro.
E sendo hoje, senhoras e senhores, o Dia Nacional do Circo e Dia Internacional do Teatro, podemos então dizer: Viva o Circo! Viva o Teatro!


Verônica Tamaoki é autora de O Fantasma do Circo (Edição Massao Ohno e Robson Breviglieri, 1999) e Circo Nerino (selo Pindorama Circus e Editora Codex, 2004), este último em co-autoria com Roger Avanzi. Atualmente coordena a implantação do Centro da Memória do Circo, em São Paulo, na Galeria Olido, da Secretaria Municipal da Cultura.